Longe das montanhas-russas, castelos, encontros com personagens e passeios encantados característicos de Orlando, na Flórida, está o Kennedy Space Center (KSC), em Cabo Canaveral, também conhecido como “parque da Nasa”. O complexo faz parte do território administrado pela agência espacial dos Estados Unidos destinada à visitação de turistas.
O espaço foi inaugurado em 1966 e é operado pela empresa Delaware North desde 1995. O passeio guiado em ônibus existe desde a abertura do parque, mas diversos espaços e experiências foram lançados ao longo das décadas. A próxima novidade, prevista para maio, é a atração imersiva Gantry LC39, uma torre que abrigará um modelo de motor de foguete em tamanho real que liga durante um teste simulado.
Há anos, os brasileiros têm figurado nas primeiras posições entre os turistas internacionais que visitam o complexo, e chegaram ao primeiro lugar no último mês de janeiro, segundo Russell Bruhn, gerente sênior de comunicação do KSC.
“Temos muita fidelidade de visitantes que vem do Brasil e de países do Reino Unido, Alemanha e Canadá e gastamos muitos recursos tentando fazer divulgação para que as pessoas saibam o que está mudando e o que está evoluindo aqui. Para que quando eles venham para a Flórida para férias, eles queiram ter certeza de que fazemos parte do itinerário deles”, diz.
De acordo com ele, o desafio principal de gerir um parque dessa importância é traduzir as inovações constantes da Nasa, com seu trabalho espacial, para o público que visita o espaço. Constantemente são criadas formas de emular os avanços promovidos pela empresa espacial para a linguagem do público.
“Uma das coisas que trabalhamos com a Nasa é como contar essas histórias que estão acontecendo e também o que está por vir. Não apenas para aventuras, expedições, lançamentos e planos, mas também o que crianças de 10 anos podem esperar. Essa é uma grande parte de como tentamos nos conectar com nosso público”, falou, durante uma palestra para 55 franqueados, franqueadores e executivos brasileiros de franquia que acompanham a delegação da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em visitas técnicas nos Estados Unidos.
Em entrevista a PEGN, Bruhn afirma acreditar que essa característica é uma das que atrai empreendedores para o complexo. “Estamos constantemente mudando, tentando crescer e melhorar a experiência do visitante (...). Nós vemos os nossos clientes como pessoas com quem queremos passar tempo juntos. Eles nos dão feedbacks e nós os levamos muito a sério. Tentamos usá-los para melhorar a nós mesmos e a experiência. Isso é muito importante para quem tem empreende ou pretende abrir um negócio”.
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Ao longo dos anos, o parque tem buscado formas de deixar um impacto positivo no mundo. “Uma das coisas que acreditamos que torna um negócio bem-sucedido é ser capaz de ser um bom parceiro da comunidade, um bom embaixador da comunidade", afirma Bruhn. O KSC mantém parcerias com universidades locais, como a Florida Tech, e também trabalha com empresas de alta tecnologia como L3Harris, Lockheed Martin e Axium. Há também ações sociais como patrocinar corridas, pintar casas e ajudar pessoas em necessidade.
Em termos de mercado de entretenimento, a alta concorrência local não assusta o tradicionalismo e a ciência propriamente dita por trás do Kennedy Space Center, segundo o porta-voz. Pelo contrário: eles veem o alto fluxo nos complexos vizinhos como uma oportunidade de se apresentarem como um complemento — e estão animados pelas novidades que surgirão em breve.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios