Em tempos de busca por maiores níveis de compliance e governança corporativa no ambiente de negócios do país, a Certidão Negativa de Débitos (CND) é um dos instrumentos que assegura a conformidade fiscal das organizações e, ao mesmo tempo, contribui para a competitividade empresarial.
Emitida por órgãos como a Receita Federal e as Secretarias da Fazenda estaduais e municipais, essa certidão atesta, de forma objetiva, a inexistência de débitos pendentes junto à administração pública.
Nesse sentido, já é possível perceber que sua importância ultrapassa o âmbito burocrático, demonstrando diretamente a viabilidade financeira de negócios e a qualidade de suas rotinas fiscais.
Justamente por isso, a CND é exigida em diversas situações no mercado, como a participação em licitações, a obtenção de financiamentos bancários, rodadas de investimento e a realização de fusões e aquisições. Além disso, a regularidade fiscal assegurada por essa documentação é um fator determinante para a manutenção de contratos com grandes empresas e órgãos governamentais, que frequentemente exigem a certidão como critério de compliance.
Como emitir a CND?
Como observado anteriormente, a obtenção da CND pode ser feita digitalmente por meio dos portais oficiais do Governo Federal, na página da Receita Federal e nas Secretarias da Fazenda Estaduais.
E, graças ao avanço da digitalização no setor público, o acesso à certidão é cada vez mais ágil, estando, no entanto, condicionada à inexistência de pendências tributárias ou previdenciárias, fato que reforça a necessidade de um acompanhamento contínuo da regularidade fiscal por parte das empresas.
Benefícios da CND e riscos da falta de controle fiscal nas empresas
Diante da importância da Certidão Negativa de Débitos (CND), é possível inferir que empresas que negligenciam sua gestão fiscal tendem a enfrentar restrições operacionais e riscos significativos para a própria continuidade dos negócios.
A ausência de uma certidão válida pode inviabilizar contratos estratégicos, bloquear o acesso a incentivos fiscais e até mesmo resultar em sanções administrativas.
Além disso, passivos tributários não regularizados podem levar a execuções fiscais e bloqueios judiciais, impactando diretamente a liquidez, capacidade de expansão e sustentabilidade financeira das empresas.
Nesse sentido, adotar políticas consistentes de controle fiscal e compliance são passos determinantes para o crescimento das organizações em um mercado guiado por princípios de governança e ESG.
Essas medidas incluem desde a adoção de um planejamento fiscal estruturado até auditorias periódicas e o uso de tecnologias capazes de aumentar a eficiência e o controle automatizado da gestão tributária.
Não por acaso, o investimento em inovação tem sido uma tendência crescente na área fiscal: segundo dados da Fortune Business Insights, só no ano passado, mais de US$ 17,9 bilhões foram investidos em todo o mundo em tecnologias voltadas à gestão de impostos.
Isso porque empresas que integram soluções digitais para o acompanhamento de tributos e antecipação de vencimentos fiscais tendem a minimizar seus riscos, garantir maior previsibilidade de caixa e transparência – assegurada por documentos como a CND.
Diante de todos esses fatores, a regularidade fiscal não deve ser encarada apenas como uma exigência burocrática, mas como um diferencial no ambiente de negócios contemporâneo. E a CND, por sua vez, assegura a estabilidade e o controle tributário de empresas atentas às exigências de um mercado em que a transparência se coloca como um pilar estratégico para o crescimento.
Fonte: Contábeis